Representantes dos países membros do Mercosul e dos Emirados Árabes Unidos se reuniram em Assunção, entre os dias 2 e 4 de julho, e formalizaram o início das negociações para um acordo de livre comércio entre as regiões.
Na ocasião, os países acordaram termos de referência para a negociação e realizaram a primeira rodada de discussões, tratando do conteúdo do que pode vir a ser um novo acordo de livre comércio envolvendo o Mercosul. Os termos de referência estabelecem as bases para as discussões, incluindo os temas cobertos. Acordou-se, por exemplo, que o acordo deverá incluir, entre outros temas, bens, serviços, regras de origem, barreiras técnicas, medidas fitossanitárias e sanitárias, além de propriedade intelectual.
As negociações visam eliminar ou reduzir tarifas alfandegárias e outras barreiras comerciais, além de facilitar o fluxo de investimentos e serviços entre as partes.
Em 2023, os Emirados Árabes Unidos foram o 28º maior destino de produtos brasileiros e, no primeiro semestre de 2024, avançaram para a 13ª posição. De janeiro a junho, as exportações brasileiras para o país árabe subiram 74% em comparação com o mesmo período de 2023.
De acordo com a secretária de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), Tatiana Prazeres, as negociações para o acordo entre o Mercosul e os Emirados Árabes Unidos ainda estão em fase inicial. “Um futuro acordo comercial deve aumentar o fluxo de comércio e investimentos, impulsionar o crescimento econômico e gerar empregos em ambas as economias", concluiu Tatiana.
As negociações entre o Mercosul e os Emirados Árabes Unidos reforçam a orientação do governo de expandir a rede de acordos comerciais do bloco sul-americano, gerando mais oportunidades para as empresas exportadoras brasileiras. Uma consulta pública realizada pela Secex em 2023 mapeou interesses e preocupações das firmas do país em relação aos Emirados Árabes, servindo de referência para a atuação do MDIC nessa negociação.